Monday, February 29, 2016

A Lavadora

A máquina de lavar quebrou.As roupas jogadas no cesto estão virando uma montanha.Parece que é um grande problema porque ninguém acostuma lavar roupa com  mão ao contrário da minha vida na Índia onde eu passei a minha infância, adolescência sem saber o que era máquina de lavar.

Mas finalmente nessa vez quando fui à Índia vi o meu pai usando a máquina de lavar. Na verdade o netinho (Filho da minha irmã,primo de Didi) dele estava lá na casa dele, e ele sujava roupas toda hora. Por isto que ele ligou a lavadora e jogou as roupas sujas nela. Mas para uso normal de dia a dia, tipo lavar roupas dele, ele nem usa a máquina, simplesmente lava com mão. Quanto eu lhe perguntei por que não usava a máquina de lavar, ele me respondeu que era melhor usar mão porque assim dava para flexionar as mãos, fazendo exercício.

Hoje em dia, eu ligo mesmo para ela. Eu não posso imaginar a minha vida sem ela. Agora estou lavando as minhas roupas com minhã mão e estou sentindo um saco. Como a garantia dela acabou, eu até abri-a e pelo menos descobri o problema com ajuda de um monte de tutoriais e vídeos assistindo no youtube. Mas talvez eu chame um técnico porque não estou achando a peça que preciso.


Saturday, February 13, 2016

Filme no ar livre

O primeiro filme no cinema da minha filha foi quando ela tinha 3 anos e pouco, se não me engano foi no mês de junho do 2015. O filme foi Minions. Ela simplesmente adorou. Eu pensava que ela ia dar problema tipo chorar na sala, ou fazer cocô ou encher saco. Mas ao contrário foi uma surpresa, ela se comportou simplesmente como uma mocinha educada.

Comprei pipoca e lhe dei e ela ficou sentada no assento e assistindo o filme inteiro sem encher saco. No inicio quando passava as propagandas, o som era alto e ela me perguntou, "Cade o controle para diminuir o volume ?". Depois me falou para comprar uma tela gigante para assistir filme em casa. Eu fiquei simplesmente rindo. Isso foi o primeiro filme dela.

Depois o segundo filme no cinema foi no Maceió. Aliás a gente não foi para Maceió para assistir filme. Quando a gente estava no Maceió , estava chovendo para caramba e não deu para fazer nada , então estava no cinema para aproveitar algo. O filme foi "Divertidamente", e talvez ela não entendeu nada mas gostou o filme. Depois ficou me contando sobre as bolas coloridas.

Depois o terceiro filme no cinema foi Hotel Transylvania 2. Até eu gosto desse filme e assisti o primeiro no cinema sozinho após trabalho. Nesta vez ela foi com a turma da escola dela. Depois ela ficou me contando sobre os monstros que ela viu no filme.


Bom, quando eu era criança, tinha quatro ou cinco salas de cinema na minha cidade. E depois fechou um por um e hoje em dia só existe um lá na minha cidade. É uma pena. Se eu não me engano o meu primeiro filme na sala de cinema foi "Bordoisila", um filme Assamese (a minha língua). Eu tinha cinco ou seis anos e era chato para caramba. Toda hora pedia a minha mãe que queria sair, e o filme era chato. A minhã mãe só tentava me acalmar assim, "Vai acabar logo, espere um pouco mais". Talvez isto foi o primeiro e o último filme que eu assisti com a minhã mãe e o meu pai. Nunca mais assisti filmes com eles desde aquele ano.

Quando fiquei um pouco maior, eu ia para shows de cinema exibidos num Tea Estate ( fazenda de chá) perto da nossa casa. Lá quase sempre tinha esses shows para os trabalhadores de fazenda nos fins de semanas. Lá não tinha sala tipo vê-se nos shopping. Montava uma cortina branca gigante num espaço livre no meio da fazenda, montava umas caixas de som e todo mundo esperava escurecer para ver os filmes. A noite, todo mundo levava colchão ou cadeira ou as vezes folha seca de bananeira ou quem tinha pressa pegava alguma folha de árvore selvagem. Todo mundo esperava o técnico colocar filme na maquina. Também via uns estantes pequenos para vender álcool local ( que vai te matar com certeza se beber muito), uns salgados podres, ou fritos. Quando o técnico demorava para colocar filme , o povo gritava. O povo era baixo astral porque a maioria era os trabalhadores quem viviam trabalhando nas fazendas de chá e a maioria não tinha educação ou não queria estudar. Raramente via algum quem era um pouco "alto" astral, talvez eram os gerentes deles ou lideres. Os filmes que eles colocavam eram filmes velhos do Bollywood, raramente via algum filme novo. Quando passava música ou dança os bêbados dançavam para caramba até cair no chão. Os shows duravam a noite inteira até amanhecer. As vezes as fitas dos cassettes rasgavam e o povo gritava e reclamava e queria brigar com o técnico. Para consertar, o técnico teve que cortar uns pedaços da fita e colocava de novo na máquina e todo mundo ficava feliz. Até as vezes rolava umas paqueras entre os jovens. Também acontecia uns pequenos incidentes tipo a mulher de um rapaz fugiu com outro cara enquanto assistia filme, ou talvez uma coceira terrível no bumbum quando pegava folha bruta de árvore selvagem para sentar no chão. O mundo pequeno, o povo pequeno, e a felicidade nas coisas pequenas...


E eu fui nesses shows. Era uma experiência inesquecível.  Mas depois o meu pai não me deixava muito ir porque quase sempre tinha brigas e as vezes até morria gente nas facadas. Enfim, assistir filme sempre foi uma coisa legal, tanto na cinema com ar, quanto no ar livre.


Minions. O primeiro filme no cinema da minha filha.

Um Tea Estate no meu estado (Assam)

Eu baixei essa foto da internet só para dar uma visão sobre "filme no ar livre". 

Friday, February 12, 2016

Chocolate Day

No mundo inteiro, o dia dos namorados é no dia 14 de Fevereiro ao contrário no Brasil onde o povo comemora só no dia 12 de Junho. Até na Índia o povo comemora essa data no dia 14 de Fevereiro. Chamamos o dia como "Valentine's Day" ou simplesmente "V Day".


Não tinha nem um significativo desta data para mim quando eu morava na Índia. Porque era solteiro para caramba e só andava com os meninos. Era meio nerd e sempre tinha vergonha de se aproximar às meninas. Falar com meninas era outra coisa , até se visse alguma conhecida na rua, eu pegava outro caminho para não passar na frente dela. Era assim eu na Índia. Por isso que nunca consegui arrumar uma namorada até os meus 23 anos.E um puro verdadeiro é que se a minha esposa não me pegasse naquela época na Índia, eu seria virgem para sempre na vida.


Quando estava fazendo a minha graduação na Índia, na faculdade o povo comemorava a semana inteira até 14 de Fevereiro. O cada dia tinha significado tipo "Chocolate Day","Rose Day" etc, eu não estou me lembrando agora. No ano final da minha graduação, uma menina da minha turma me deu um chocolate no dia de "Chocolate Day" na sala de aula. E eu estava tudo envergonhado, e os meus amigos nerdes estavam olhando para mim e fazendo cara de macacos. Quando a aula acabou, todo mundo (os nerdes) me acercou e me forçou para leva-los para restaurante para comemorar. Eu não tive outro jeito, e também estava feliz e fomos para um restaurante de noite chamado "Sugar and Spice" que ficava perto da faculdade. Lá tive que gastar dinheiro para comprar "Pastry" para todo mundo.

Como eu era um nerd !!!!

A galera.

Wednesday, February 10, 2016

Curitiba, simplesmente amei.

Eu já moro no terceiro mundo e parece que ao meu redor vejo povo do quinto mundo. Fui perguntado o que ia fazer no carnaval deste ano de 2016, e na resposta disse que ia viajar para Curitiba para passar uns dias lá. E a reação do perguntador, "Nossa, que RICO". Se essa reação foi o resultado de uma zueira, eu vou ficar quieto, mas se for de verdade vou morrer de vergonha de estar aqui.

Não se precisa ser RICO para viajar, basta precisa-se ter uma vontade. A minha esposa hospedou dois rapazes da Polônia aqui no nosso apartamento (Couch Surfing), e eles eram dois universitários sem dinheiros e estavam viajando pelo mundo.Até vi na página do facebook deles que estavam pegando carona num caminhão para viajar para Santa Catarina. Então, eles não são ricos de dinheiro , mas são ricos de força de vontade.

Enfim, larguei o carnaval super famoso de Salvador pela quinta, e pegamos um avião bem na madrugada para Curitiba. Horário do avião era pelas 02:20 de manhã mas demorou e voou só pelas 03:00. Estava cansado e assim que me sentei no assento, eu dormi. Só acordei quando uma aeromoça passou e esfregou a bunda na minha cabeça pendurada para o corredor. Tivemos avião direto de Salvador para Curitiba, então foi maravilhoso. Chegamos em Curitiba pelas seis e meia se não me engano. Tinha ônibus em cada 15 minutos de aeroporto para o centro de Curitiba e custava bem pouco, era 13 reais por cabeça. Que coisa maravilhosa! Até hoje não há ônibus direto do aeroporto de Salvador para Rodoviária. Tem alguns que passa só pela orla. Então quem quiser ir para rodoviária do aeroporto de Salvador, se ferra pagando táxi ou pulando de um ônibus para o outro ônibus.

Enfim, pegamos o ônibus de aeroporto de Curitiba para o centro. Levou quase meia hora para chegar no nosso destino. Em Curitiba, eu acho que os hoteis são baratos. Por 130 reais por noite acha-se um hotel maravilhoso. A gente ficou num hotel chamado Golden Park Hotel e por noite a tarifa era 150 reais. Ficava na rua chamada Rua Mariano Torres. Hotel era simplesmente maravilhoso. Tinha quarto tão gigante que pareceu que tinha mais metro quadrados do que nosso apartamento em Salvador. Chegamos pelas 07:00 horas e logo após tomar café-de-manhã tomei Dramin-B6 e dormi como uma pedra.

Acordei só pelas 13:00 horas quando a fome bateu. Minha companheira ainda estava dormindo e eu desci para dar uma olhada na área, o centro de Curitiba. Quando eu andei no centro, a minha primeira sensação foi assim, "Nossa, cade o cheiro de xixi na rua, cade o lixo." Vi flores, parques , árvores bonitas. Tudo limpo e cheiroso. O povo parava carros e esperava atravessar as ruas. Pela minha surpresa, eu não vi nem um pacote de salgado ou garrafa de água ou refrigerante no chão. Fiquei pensando , "Cade o barulho de músicas no alto volume, cade os carros com som super alto, cade o povo barulhento gritando e falando em voz alta". De repente passou uma sensação estranha, "Será que todo mundo virou zumbi após uma Zika piorada". Vivendo cinco anos aqui em Salvador no meio da cultura barulhenta, para mim foi um choque cultural em Curitiba. Mas foi um choque bom. Aliás comecei a amar a cidade instantaneamente.

Andei uns blocos e achei um restaurante. Na verdade a gente chegou em Curitiba no fim de semana e então as lojas e restaurantes estavam fechados. Por isso que tive que andar um pouco. Comi lá bem e voltei para o hotel. Depois acordei a minha esposa e a minha filha para descer e almoçar. No primeiro dia não deu para fazer muitas coisas. A gente estava muito cansado e queria só relaxar. Lá anoitece um pouco mais tarde que aqui. Também Curitiba estava no horário verão. Então escurecia só pelas oito ou oito e meia de noite. De noite fomos a um restaurante chamado 8 Bierburger , uma hamburgueria gourmet. Foi muito delicioso mas um pouco caro. Mas compensou. Não fiz nada interessante de noite e dormimos cedinho.


No dia seguinte, no domingo, a gente planejou para visitar os lugares turísticos de Curitiba. Lá tem ônibus turísticos que passa em cada 30 minutos. Compra-se uma entrada+4 reentrada por 40 reais.Os ônibus passam pelas lugares turísticos e pode-se descer em qualquer lugar do seu gosto até acabar suas reentradas. Mas infelizmente os ônibus estavam tão lotadas que a gente desistiu de pegar ônibus e preferiu pegar táxi.

A gente foi para o jardim botânico de Curitiba, o mais famoso. Eu simplesmente tinha visto dele nas fotos, vi pessoalmente primeira vez. Tinha flores em todo canto e pela minha surpresa eu não vi nem uma pessoa ou criança arrancando as flores. Eu já imaginei como seria a cena se fosse aqui em Salvador. Também conheço umas pessoas de Salvador que foram para esse parque e arrancaram umas flores para colocar no cabelo. Uma vergonha.


Tinha um lago e tinha um monte de peixe e tartarugas. A minha filha adorou as tartarugas. Tinha uns paulistas (deve ser do interior de SP), com o sotaque de diarréia falando , "Olha tarrrrrrrtaruga, peixe". Sotaque feio para caramba. Parece que nunca tinha visto de tartaruga na vida. Andei lá um pouco, tirei as fotos e depois saí. Estava fazendo muito calor lá.

Depois a gente optou para passar no Bosque Alemão, um outro parque super legal num bairro chique. Neste parque contava a famosa história de João e Maria.Tinha uma trilha no meio de floresta e em cada cinco metros tinha placas que contava a história passo a passo até chegar numa casa da bruxa. Na casa da bruxa, tinha uma mulher contando a história e um monte de crianças incluindo os adultos estavam escutando a história. De repente apareceu a bruxa. A minha filha ficou com medo da bruxa e chorou e a gente teve que deixar a casa da bruxa. Parque era muito legal para crianças. Adorei simplesmente.

Depois a gente foi para outro lugar chamado bosque João Paulo II. Tinha sete casa típicas polonesas lá. Tinha flores em qualquer lado. Casas lindas. Entrei numa casa e vi uma ferramenta para azedar repolhos. Imagine que trabalho. Depois fomos para um restaurante polonesa para provar uns pratos. Pedi um prato chamado "Golapki". Era gostoso simplesmente.

Quando estava andando na rua, tinha o carnaval típico de Curitiba, o "Zumbi walk". Mas pena que começou a chover para caramba e tivemos que pegar um táxi e voltar para hotel. Na rua vi um monte de gente maquiada e caindo a maquiagem na chuva. Coitados !!!

Chegamos no hotel, tiramos uma soneca. O tempo passou tão rapidamente que acordamos só pela noite. Estávamos muito cansados de andar tanto. O clima de Curitiba é estranho. De dia faz calor e de noite faz frio. Quando faz calor te queima, e quando passa um vento te congela. Não se sua lá. Estranho clima, mas gostei. No inverno deve ser paraíso lá.


No dia seguinte , uma amiga da minha esposa nos encontrou. Ela nos levou para um lugar chamado Morrete em Paraná. A gente foi de carro e ela dirigiu. Levou quase uma hora e meia para chegar lá. Um lugar simplesmente lindo, paraíso. O povo vai para lá para fazer boia-cross no rio Nhundiaquara. O lugar é bem parecido com Tiradentes. Um hill-station aliás. Tinha restaurantes, comidas típicas, coisas artesanais etc. O que eu gostei mais de lá foi os sorvetes e picolés. Tinha sabor de tudo que se podia imaginar. Bom e barato. Comi a comida típica Barreado da paraná. Era muito bom. A minha filha viu uma crianças brincando no rio em baixo de um ponte e ela queria entrar na água também e começou a fazer a drama de chorar. A gente não teve outro jeito e levou a para pular no rio. Depois de passar uns tempos a gente voltou para o centro.

Depois a gente foi encontrar uma nossa amiga que morava perto do nosso hotel. Lá a gente passou a tarde inteira brincando, comendo e conversando. De noite voltou para hotel andando e após comer jantar dormiu logo.

No dia seguinte, a gente tinha avião para Salvador pelas oito e meia de noite. Então a gente tinha o dia inteiro para passear. Minha esposa optou para ir para um restaurante indiano lá em Curitiba. O nome do restaurante era Tuk-Tuk. A gente pegou um táxi e chegou lá. O bairro onde ele ficava era muito legal. Era silencioso para caramba e só tinha casas. O ambiente do restaurante era bem caseiro e legal. O dono era brasileiro. A gente pediu Samosa e um prato de sul da Índia que nem eu conhecia. Eu me achei e pedi para colocar o alto nível de pimenta. A Samosa era deliciosa. Mas apos comer umas colheres do prato, eu comecei a soar, eu fiquei vermelho e só fiquei bebendo água. Até o dono veio e me perguntou se a comida era boa. Eu lhe respondei que a pimenta era massa. Depois de comer a gente tirou umas fotos e eu só queria voltar para hotel, porque não estava aguentando a pimenta. Ao chegar no hotel, fiquei no toalete umas horas e fiquei tomando ducha. A gente cancelou os planos para o resto do dia e preferiu só dormir e depois ir para aeroporto.

Depois pelas seis da tarde, a gente pegou um táxi e chegou no aeroporto. O aeroporto de Curitiba era legal. Mas achei os restaurantes super caros. Eu fui num restaurante tipo Sub-way para comer um sanduíche e era caro, 16 reais era o bais barato.Depois embarcamos no avião. O avião demorou quase uma hora no aeroporto porque estava chovendo para caramba. Finalmente chegamos em Salvador pelas 00:30 horas e finalmente em casa pelas 01:30 e agora estou escrevendo o meu blog.

Enfim, adorei Curitiba e até agora ela é a única cidade aonde eu vou querer voltar de novo e se tiver chance eu morarei lá.

As fotos,

No avião (De Salvador para Curitiba)

O nosso quarto gigante.

No restaurante 8 Bierburger.

No restaurante 8 Bierburger.

Muito bom.



O jardim botânico

The Green House.

 O jardim botânico.

O jardim botânico.

Olhando os peixes e tartarugas.

Uma tartaruga.

Na casa da bruxa, a moça estava contando história da bruxa. No parque Bosque Alemão.

A bruxa (Boque Alemão)

A casa da bruxa. (Bosque Alemão)

A trilha no bosque alemão.

Uma folha da história de João e Maria.(Boque Alemão)


Golapki.

No parque João Paulo II.

Uma casa polonesa (João Paulo II)

Uma casa polonesa. (João Paulo II)

As casas polonesas. (João Paulo II)

Ela queria brincar no rio em baixo da ponte. (Em Morrete)

Comida típica de Morrete, Barreado.

Picolés (em Morrete)

Na casa de uma nossa amiga em Curitiba. Minha filha esta com ciúme.

No restaurante indiano, Tuk Tuk.

No restaurante indiano, Tuk Tuk.

O restaurante Tuk Tuk



Friday, February 5, 2016

A Índia é do primeiro mundo !!!

Eu estava com a minha filha no parquinho do nosso condomínio brincando. De repente veio uma mulher com o filho dela. Minha filha e ele fizeram amizade instantaneamente. Ambos estavam com patinetes e eles começaram a brincar sozinho.

Eu e a mãe dele ficamos num banco no parquinho. A moça que começou a puxar um papo comigo falando um monte de coisa. Falou que onde morava antes não tinha parquinho para brincar e aqui era bom porque tem parquinho para crianças brincar tal tal.

Em algum ponto ela me perguntou em qual andar eu morava. Eu lhe disse que no último andar e a rasão era não escutar barulho feito por povo mal educado de cima. Ela me respondeu que o povo do aparatamento de cima dela também faz barulho mas ela não liga. E elas também fazem barulho no chão.


Eu só fiquei silencioso por que eu não tinha muita esperança das pessoas daqui onde eu moro. Em algum ponto ela me perguntou eu era de onde, talvez ela percebeu que eu não devia ser baiano ou brasileiro por causa do meu sotaque. Eu lhe respondei que eu era da Índia, outro lado do mundo. E ela me falou, "Que legal. A Índia é do primeiro mundo né ?".

O que vou dizer agora ?